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Estresse afeta 90% da população mundial

Como combater esse mal que causa doenças físicas e mentais.

Estresse afeta 90% da população mundial

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 90% da população mundial sofre com o estresse. O mundo em que vivemos tem um ritmo acelerado. As cobranças do chefe ou do cliente, que pedem um trabalho complicado e dão um prazo curto para executá-lo, os compromissos com a família, as contas a pagar, como a prestação da casa, ou a preocupação de como arranjar dinheiro para resolver aquele imprevisto com o carro são apenas alguns exemplos dessa realidade. O resultado pode ser apenas um: estresse. Embora muitas pessoas não percebam, ele acaba incorporado no dia a dia delas e pode desencadear outros males perigosos, como depressão, insônia, transtornos alimentares, doenças de pele, envelhecimento precoce e até problemas cardíacos.

“O estresse é um termo que veio da física. Vamos dizer que você pegue um material e o submeta a uma pressão até que ele seja deformado. Quando você tira essa pressão, a capacidade desse material de voltar ao normal significa resiliência e, quando ele tem uma capacidade mais limitada de resiliência, ele recebe a pressão e não consegue voltar ao normal, é quando acontece o estresse”, explica o psiquiatra Eduardo Perin.

De acordo com ele, grande parte das doenças físicas e mentais pode estar relacionada a essa condição do organismo. “O estresse mexe com um eixo de hormônios que interferem no sistema imunológico, nos batimentos cardíacos, na pressão arterial e em todo o organismo”, afirma o médico. Doenças autoimunes, cânceres e alergias podem estar relacionadas às alterações imunológicas provocadas pelo estresse.

“Ele também pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como colesterol, e glicemia alta, diabetes, hipertensão, enfarto, derrame e trombose, diminuindo a sobrevida desse indivíduo.”

É importante ressaltar que as mudanças também podem acontecer na mente da pessoa que sofre com o estresse constantemente. “Ele aumenta o risco do início de doenças psiquiátricas ou de exacerbação de doenças preexistentes. Então o estresse é um fator de desestabilização do ponto de vista psiquiátrico tanto para a depressão quanto para a ansiedade, para o uso de drogas e a esquizofrenia”, alerta o psiquiatra.

COMO EVITAR? 

Infelizmente não é possível impedir que situações ruins ou repentinas aconteçam no cotidiano, mas aprender a lidar com elas é fundamental para evitar que os problemas externos afetem a pessoa internamente.

Uma boa alimentação e atividades físicas são fatores essenciais para melhorar a qualidade de vida e estimular a liberação de hormônios que coloquem o organismo em estado de equilíbrio.

Segundo estudos, como o realizado pelo Instituto Dante Pazzanese em 2013, a relação da pessoa com a fé pode influenciar positivamente no seu bem-estar psicológico, no aumento da sua satisfação com a vida e na melhoria da sua saúde física e mental.

Dessa forma, a fé também é uma aliada na luta contra o estresse.

A palavra de Deus, por exemplo, promove esperança àqueles que creem, substituindo os pensamentos pessimistas e de desânimo pela motivação de viver.

TRANSTORNOS ALIMENTARES

Quem sofre transtornos alimentares como compulsão alimentar ou anorexia está mais propenso ao desenvolvimento do estresse. Quando o lado emocional está descontrolado, o corpo tenta encontrar formas de compensar esses sentimentos dolorosos por meio da alimentação. O problema é que a falta ou o excesso de certos nutrientes contribuem para o desiquilíbrio das reações metabólicas e aumentam o estresse. Procure ajuda médica para tratar de transtornos alimentares que contribuem para esses desajustes funcionais do organismo.

PRISÃO DE VENTRE

Quando o indivíduo está sob forte pressão psicológica de forma constante, o cérebro emite sinais para que o intestino provoque contrações anormais típicas de um colo sensível e irritável. Esses estímulos podem causar desconforto e sintomas como dores abdominais, flatulência e distensão abdominal.

Além de cuidar da saúde emocional, uma das medidas mais eficazes para resolver essas situações é adotar um plano alimentar equilibrado. A prática de exercícios também ajuda a manter o corpo condicionado para quando o estresse bater à sua porta.

INSÔNIA 

Em excesso, o estresse pode agravar ou até mesmo causar a insônia. Além de questões pessoais ou profissionais, as mudanças no padrão hormonal causam interrupções que atrapalham a qualidade do descanso. Para minimizar os reflexos negativos evite alimentos que contenham cafeína e comer chocolate antes de dormir.

PROBLEMAS CARDÍACOS

O estresse pode provocar o fechamento das principais artérias e veias do coração, o que provoca a redução do fluxo sanguíneo, aumenta os batimentos cardíacos e eleva a pressão arterial. Essa irregularidade no funcionamento do aparelho circulatório pode evoluir para a complicação de outros órgãos igualmente importantes, além de provocar também o endurecimento das artérias, contribuir para a formação de coágulos, comprometer a circulação e evoluir doenças graves como o AVC e o enfarte. Aos primeiros sinais de alterações procure um médico.

ENVELHECIMENTO PRECOCE

Os hormônios são elementos responsáveis pelo controle das reações do metabolismo e também influenciam o equilíbrio emocional. Desse modo, quando o organismo está sob forte pressão psicológica, há uma descarga maior de elementos nocivos à saúde. Um dos efeitos mais importantes e que causam o envelhecimento da pele e dos tecidos é a formação dos radicais livres. Por isso, existe uma intensa relação entre estresse, dieta e envelhecimento precoce.

DEPRESSÃO 

O principal hormônio do estresse é o cortisol. Quando esse hormônio aumenta muito, ocorre a diminuição de duas substâncias: a serotonina e a dopamina. A redução delas está fortemente associada à origem da depressão. Umas das formas de conter esse problema é buscar alternativas para vencer a ansiedade excessiva e evitar pensamentos negativos.

DOENÇAS DA PELE 

Algumas doenças de pele, como dermatite, podem surgir durante longos períodos de estresse. Acne, vitiligo e psoríase são as mais comuns. Esta última é um tipo de doença crônica caracterizada por manchas avermelhadas e que descamam com facilidade. Não pratique a automedicação. Aos primeiros sinais de alterações na pele vá ao dermatologista para uma consulta.

 

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  • Redação